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Mãe e padrasto combinaram relatos sobre desaparecimento de menina de 3 anos em Indaial

O corpo da menina foi encontrado na noite desta quarta-feira

O delegado de Polícia Civil, Filipe Martins Alves Pereira, apontou que mãe e padrasto tentaram combinar os relatos que teriam que passar sobre o suposto sequestro durante o interrogatório. Isabelly de Freitas, de 3 anos, foi dada como desaparecida pela família na segunda-feira (4). O corpo da menina foi encontrado na noite desta quarta-feira (6), em Indaial.

Logo que tomou ciência, a Polícia Civil coletou depoimentos do padrasto e da mãe da criança, assim como de testemunhas, para entender o suposto desaparecimento que havia sido citado pelos responsáveis da menina. O casal sustentou a narrativa de que a criança estaria brincando em frente a residência e desaparecido. Um veículo suspeito também chegou a ser mencionado, mas foi descartado pelos investigadores.

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“Constatamos divergências, testemunhas ouvidas que narraram uma briga muito grande dentro da casa no período da manhã, quebra-quebra. Padrasto e mãe foram ouvidos no primeiro momento já com muitas controvérsias e percebemos que tinha uma narrativa e versão criada. Uma versão, que pela nossa experiência, eles teriam já construído e, que consequentemente, trouxeram para a delegacia”.

O casal passou por um novo interrogatório. “Eles foram ouvidos primeiro em termos de declaração, era uma família em tese de uma pessoa que tava desaparecida, até mesmo sequestrada, mas já no segundo momento ambos confessam. Mesmo com a confissão ainda há algumas contradições, que a gente vai conseguir aprofundar ao longo das investigações. Mais pessoas ainda serão ouvidas, também fizemos a apreensão de aparelhos celulares. O que a gente tem é que eles realmente confirmam que eles combinaram uma narrativa depois do crime e levaram a criança [dentro da mala] pra ocultar esse cadáver”.

Os investigadores descontruíram a narrativa criada pelo casal e, de acordo com o delegado, quando a mãe e padrasto perceberam que a polícia tinha descoberto a verdadeira história por trás do desaparecimento da criança, o padrasto confessou e disse que teria iniciado as agressões. A criança, de acordo com a investigação, foi espancada até a morte.

“A mãe também teria participado [das agressões] e que em determinado momento a criança teria evoluído a óbito e a partir desse momento, que eles perceberam que a criança tava morta, eles tiveram a ideia de se livrar do corpo”. Foi então que mãe e padrasto usaram uma mala para transportar a criança e enterrá-la nas proximidades da BR-470. Imagens mostram o casal com mala usada para levar corpo da menina até uma região de mata próxima da casa da família e na sequência, enterraram Isabelly.

Foi o padrasto da menina que indicou o local e, segundo o delegado Filipe Martins, se prontificou a levar os policiais até o local onde estava o corpo enterrado. “A criança tava enterrada, em uma cova rasa, com um cobertor azul enrolado pelo corpo”. Uma perícia foi feita no local de crime e também na residência do casal. Lá, diversos vestígios de sangue foram encontrados.

O delegado agora aguarda os laudos periciais da Polícia Científica para determinar a forma como a menina foi morta. A mãe e padrasto tiveram a prisão decretada pelo Poder Judiciário da Comarca de Indaial e foram encaminhados ao Presídio de Blumenau.

Com informações ND Mais 

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