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Juiz de SC é afastado em operação que investiga facções criminosas

Após a primeira fase da operação Sob Encomenda, que culminou na prisão de sete advogados suspeitos de entregar celulares e drogas a detentos a fim de beneficiar as ações de duas facções criminosas em Santa Catarina,  agora o Tribunal de Justiça determinou o afastamento de um juiz de Joinville, no Norte do Estado.

O afastamento do juiz Décio Menna Barreto de Araújo Filho, do Juizado Especial Criminal, aconteceu no início do mês de outubro e faz parte da segunda fase da operação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) com apoio da DIC (Divisão de Investigação Criminal), no mês de agosto.

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A investigação, coordenada pela 13ª Promotoria de Justiça, revela detalhes de como funcionava o esquema e, segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), há provas que incriminam advogados e um agente penitenciário, como documentos, depoimentos e interceptações telefônicas, que embasaram a prisão dos envolvidos na primeira fase da operação.

Entre os presos está Albani Bergamini, com quem o juiz já manteve um relacionamento, considerada a “gravata” da facção catarinense e quem atuava como “advogada da nação”, prestando serviços a integrantes e simpatizantes da facção.

Todo o processo segue em segredo de Justiça e, com a investigação chegando a um magistrado, passa a ser obrigatoriamente monitorada pelo TJSC, acompanhada especialmente pela corregedoria.

Após escutas telefônicas, o juiz foi alvo de mandado de busca e apreensão em seu gabinete e sua residência, e teve aparelhos celulares apreendidos, culminando com seu afastamento mediante determinação judicial, inclusive, com publicação no site do TJSC e no Diário da Justiça, apontando, ainda a juíza substituta, que já está atuando na Vara.

A investigação

Na primeira fase da operação foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão tendo como alvo 22 pessoas. Na ocasião, oito foram presos, deles, sete advogados: Albani Bergamini, Samuel Cunha, Natali Cardoso de Lima, Márcio Jean Guelere, Diogo Tomé Cardoso Ramos, José Carlos Cabral e Fabiano Cabreira Goudinho. Além deles, um vigilante contratado de maneira terceirizada e que atuava na Penitenciária Industrial de Joinville.

O Ministério Público investiga vários crimes, como organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de telefones celulares em estabelecimentos prisionais.

 

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