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A força da agricultura catarinense – Por Ericsson Luef

Santa Catarina comemora a maior safra de soja da história. São 2,4 milhões de toneladas, 13,4% maior que em 2016, evidenciando mais uma vez o potencial de nosso estado.

O resultado mostra a excelência dos nossos produtores rurais, referência nacional. A produtividade desta safra impressiona, aliando área plantada e produtividade.

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E dá fôlego a nossa economia, neste momento tão complicado do Brasil, nos colocando em outro patamar desta crise toda que o país está mergulhado.

No setor primário, temos em Santa Catarina terras férteis, mão de obra vocacionada e práticas inovadoras, com tecnologia de ponta.

Resultado que irradia

Não dá para pensar este resultado da colheita de soja, divulgado Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri), isoladamente. Tem impacto direto em outros setores, movendo a roda do desenvolvimento.

Como por exemplo, o setor de produção de carnes. Santa Catarina é o maior produtor de suínos, segundo maior produtor de aves e um dos maiores produtores de leite do país. Esses animais alimentam-se de grãos, como soja e milho, para ração.

A soja é também destaque nas exportações.  Em maio, foi responsável por 11,9% que saiu do estado. Foram embarcadas 355 mil toneladas, maior média dos últimos cinco anos para o mês.

Impactos diretos também em transporte, logística, comércio, serviços, entre outros, gerando renda e empregos.

E claro, em arrecadação para os municípios e o estado investirem e custearem os serviços públicos.

O peso do Estado

O desempenho do setor primário catarinense poderia ser ainda melhor caso houve a contrapartida do Poder Público, gerenciando melhor o dinheiro dos nossos impostos.

Pagamos muito, recebemos pouco.

O custo do escoamento desta safra recorde compromete a rentabilidade.

Estradas ruins, logística cara, burocracia, insegurança. São algumas situações que encarecem a produção.

Responsabilidade dos nossos agentes públicos, que teremos chance de cobrar em 2018, quando teremos eleições.

O produtor faz sua parte, a natureza ajuda, mas os serviços não acompanham.

Enquanto não houver esta sintonia, o país perde.

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