Um fenômeno surpreendente parece estar acontecendo no continente africano. As atividades sísmicas da erupção do vulcão Dabbahu, na Etiópia, estariam desencadeando a formação de uma longa fenda no solo.
Em poucos dias, o cenário na região mudou bastante. A fenda de seis metros de largura se estendeu por 56 quilômetros. A estimativa é que o buraco tenha um volume de 2 bilhões de metros cúbicos.
Desde o registro desta fenda, dezenas de outras rachaduras teriam se formado no sul da Etiópia.
O fenômeno ocorre devido aos movimentos de placas tectônicas divergentes, que se afastam umas das outras. A movimentação ocorre devido aos processos que acontecem abaixo das placas tectônicas.
O que impressiona é a rapidez com que as fendas se formaram, já que o processo deveria levar milhões de anos.
Ainda não há consenso sobre a velocidade com que as mudanças podem ocorrer. Uma equipe de pesquisadores da Universidade Abbis Abeba, na Etiópia, tem acompanhado as transformações.
Segundo estudos do time, há possibilidade de que um dique vulcânico seja o responsável pela fissura de 60 quilômetros.
Um dique é uma enorme massa rochosa que é empurrada por respiradouros vulcânicos, e ao fazê-lo, provocam a abertura das fendas no solo.
O local em que a fenda fica localizada impulsionou as previsões sobre a formação de um oceano. O ponto é conhecido como o triângulo Afar, ou depressão Afar ou também Danakil ou Dancalie. Isso porque o local faz a junção do Vale do Grande Rift, o Mar Vermelho e o Golfo de Aden.
A Depressão Afar também compreende o ponto mais baixo da África, onde o Lago Assal está localizado em Djibouti.
O local fica 155 metros abaixo do nível do mar, e por isso poderia ser inundado facilmente no caso de uma catástrofe climática.
A altura da região e a proximidade com o mar fazem os pesquisadores acreditarem que um novo corpo de água no continente africano deve ser formado em breve.
Segundo cientistas da Sociedade Real Britânica, que estão acompanhando a situação, a divisão do continente é inevitável.
As águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden devem submergir as áreas que estão abaixo do nível do mar e formar um novo oceano na África.
Com informações ND Mais