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Ex-sogra e atual do ex usaram 50 kg de cal para acelerar decomposição de corpo, em SC

Após dois meses de buscas, o corpo de Jéssica Elias Rosa, de 26 anos, foi encontrado na última quinta-feira enterrado em meio a mata fechada do município catarinense de Braço do Norte. A localização do cadáver foi dada por um dos investigados no crime, que contou ainda com a participação da ex-sogra da jovem e da atual parceira de seu ex-namorado. O trio encontra-se preso desde o último dia 11 de março.

 

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Sem a cooperação dele (que é parceiro da ex-sogra de Jéssica), não teriamos conseguido encontrar. O corpo estava em uma região de mata fechada, a um metro e meio de profundidade. Ele foi colocado em um saco e depois em um cobertor, e 50 quilos de cal foram empregados para acelerar a decomposição. O objetivo era impedir a ação de cães farejadores, por exemplo — diz a delegada responsável pelo caso, Jucinês Ferreira.

 

A delegada diz que pretende concluir o caso dentro do prazo legal de 30 dias. O trio deverá responder pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.

 

Além disso, a Polícia Civil investiga a possibilidade do próprio ex-namorado de Jéssica Rosa, que está detido e aguarda julgamento por outro crime, ser o mandante do homicídio Nesse caso, o assassinato passaria a ser encarado pelas autoridades como um feminicídio.

 

Segundo a Polícia Civil, a motivação da dupla de mulheres foi vingança pela prisão do ex-namorado de Jéssica, já que atribuem a ela a culpa pelo episódio.

 

Ele foi preso numa primeira oportunidade por violência doméstica ao ter ateado fogo na residência da Jéssica e de seus familiares — diz a delegada sobre o possível mandante — No momento, ele está esperando ser julgado no júri por um homicídio ligado ao tráfico de drogas.

 

Assim como o filho, a ex-sogra de Jéssica também teria elo com a facção que atua na distribuição de entorpecentes em Braço do Norte, segundo apontam investigações da Polícia Civil.

 

Trio fez tocaia

De acordo com a delegada, o trio usou uma “isca” para atrair a jovem para a emboscada na qual ela terminou sendo morta, após dias de tortura. No caso, foi dito a Jéssica para deixar sua casa na noite do dia 20 de janeiro para receber um recado do ex, com quem manteve um relacionamento conturbado.

 

Ela foi levada para um lugar ermo, nas proximidades, onde foi espancada pela ex-sogra e pela outra jovem. — diz Juciêne Ferreira, apontando que, durante o tempo em que a Jéssica foi mantida em cárcere privado, a dupla tentou demonstrar preocupação junto a seus familiares. — Elas foram até a casa da vítima dar a ideia para a sua mãe de que estavam a procura dela. Queriam encobrir suspeitas.

 

Nos três dias seguintes, Jéssica foi mantida presa em um sítio, onde seguiu sendo torturada e agredida pelas duas mulheres, de acordo com a delegada. No terceiro dia, o namorado da ex-sogra assassina a jovem por asfixia com um mata-leão.

 

No tempo em que ela esteve viva, as duas mulheres usaram seu celular para responder mensagens de familiares, com o objetivo de causar a impressão que ela teria deixado a cidade por vontade própria.

 

Com informações Globo

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