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Eu ainda acredito nas pessoas

Eu ainda acredito nas pessoas

Primeiro, uma pessoa, a Kelly, posta fotos no Facebook de uma criança que teve 80% do corpo queimado por água quente. Depois, essa postagem vira notícia, visando auxiliar a criança e a família dela.

Depois, a justificativa para o título desta coluna: Eu ainda acredito nas pessoas. Sim, na forma mais literal da expressão, na maneira mais simples de se dizer.

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Foram dezenas, senão, mais de uma centena de ligações, e-mails e mensagens convertidas em doações. Pessoas de Caçador, da região, de outros estados, do Recife e… dos EUA.

Todas querendo ajudar na causa do pequeno Luiz Gustavo. E que causa nobre!

Pobre criança que, com pouco mais de dois anos, sofre uma queimadura e tem que ficar internado por dois meses em Florianópolis. Mas, quando retorna, acaba encontrando verdadeiros anjos em Caçador que se preocuparam com o seu bem-estar e o da sua família.

A intensa campanha chegou ao auge, que seria a construção de uma nova casa para a família no mesmo terreno onde eles moram. Estava tudo certo, mas uma mudança aconteceu nesta quarta-feira: a Prefeitura doou uma casa quase concluída para que eles saiam do local onde são vítimas de alagamentos e não têm saneamento algum. Nem água encanada a casa tem.

Porém, a nova casa precisa ser concluída e, enquanto isso vai sendo providenciado, Luiz Gustavo e sua família contaram com a solidariedade mais uma vez e vão se mudar para uma casa alugada. O aluguel será pago por um doador que se sensibilizou com a situação.

Qualidade de vida e cidadania para uma família que talvez nunca teve isso. Vão morar com dignidade.

A alegria estampada nos rostos dos pais do Luiz Gustavo e a felicidade dele brincando com um carrinho no berço, que ganhou também, dão mostras de que tudo está no caminho certo.

Repito: eu ainda acredito nas pessoas e são estas mesmas pessoas que vão continuar ajudando, agora, na conclusão da nova casa da família.

Falta materiais de construção. E isso, por enquanto, se tornou prioridade, já que a falta de roupas e comida foi suprida pelo apoio de todos que se engajaram na causa.

É lindo ver a solidariedade. É lindo ver as pessoas ajudando pessoas. Isso mostra que as coisas podem ser resolvidas com a união de esforços.

Talvez, para quem está ajudando é pouco, mas para esta família que não tinha nada, nem a mesa para colocar o alimento em cima, nem cadeiras para sentar, nem camas para as crianças, toda ajuda é imensa.

Por isso, eu ainda acredito nas pessoas e na solidariedade, ciente de que os nossos problemas, por maiores que sejam, poderão ser minúsculos perto do que a família do pequeno Luiz Gustavo estava passando.

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