O Equador viveu um “filme de terror” na noite de quarta-feira (9), quando uma rajada de tiros matou o candidato presidenciável Fernando Villavicencio. Sua morte reacendeu as críticas à criminalidade no país.
“Vivemos um filme de terror, 30, 40 tiros foram disparados com metralhadoras, vimos feridos caírem, sei que há alguns mortos, e infelizmente o assassinato de Fernando”, disse Galo Valencia, tio do candidato presidencial.
“Vivemos um filme de terror, 30, 40 tiros foram disparados com metralhadoras, vimos feridos caírem, sei que há alguns mortos, e infelizmente o assassinato de Fernando”, disse Galo Valencia, tio do candidato presidencial.
Um policial foi socorrido por várias pessoas após cair ferido na rua. Um suspeito ficou gravemente ferido e morreu mais tarde em uma unidade da Procuradoria.
“Fernando, valente. Fernando, viverá para sempre”, gritaram os apoiadores de Villavicencio, um dos candidatos favoritos à Presidência e conhecido por suas denúncias de corrupção, especialmente do governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).
Seus apoiadores também acusaram o ex-presidente, que foi condenado à revelia a oito anos de prisão depois que Villavicencio revelou um esquema de propinas durante seu mandato. “Correa criminoso!”, gritavam enquanto um veículo de medicina forense saía da clínica.
Em meio a uma forte escolta policial, chegaram os familiares do candidato de 59 anos, segundo lugar nas pesquisas atrás da candidatada “correista”, Luisa González, segundo o Cedatos.
Ele era um dos oito candidatos presidenciais para as eleições gerais antecipadas de 20 de agosto.
Estado de exceção no Equador
O governo equatoriano declarou estado de exceção nesta quinta (10) para garantir a realização das eleições, confirmadas para 20 de agosto.
O presidente do Equador Guillermo Lasso atribuiu o ataque a membros do “crime organizado” e advertiu que os responsáveis receberão “todo o peso da lei”.
Jornalista, Villavicencio era um dos oito candidatos à presidência nas eleições gerais antecipadas no Equador, país muito afetado nos últimos anos pela violência vinculada ao narcotráfico.
“A data das eleições previstas para 20 de agosto está inalterada”, afirmou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, em um comunicado conjunto com Lasso divulgado no YouTube após uma reunião do gabinete de Segurança e funcionários de alto escalão de outras instituições do Estado, que prosseguiu até a madrugada desta quinta (10).
Com informações ND Mais