Criança terá que tomar remédios após acidente com seringa
O que era para ser apenas um exame de raio-x, se transformou em momentos de pavor para uma mãe e sua filha, de apenas oito anos, na noite da última quarta-feira (17). A criança foi furada com uma seringa usada em outra paciente enquanto a mãe aguardava a realização de um exame no Pronto Atendimento de Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina.
De acordo com a mãe, o procedimento foi marcado para 21h da última quarta-feira, após dois meses de espera. No momento em que a paciente se dirigia para a sala onde seria realizado o raio-x, ocorreu o acidente com a filha, que a acompanhava.
Havia algumas pessoas em cadeiras no corredor onde elas passaram, e uma enfermeira aplicava medicação em uma dos pacientes. “Quando a gente passou atrás dela, não sei o que aconteceu direito, porque foi muito rápido. Ela [enfermeira] pediu desculpas muito rápido e minha filha levou a mão ao ombro”.
A mãe, então, perguntou o que tinha acontecido, e a filha respondeu: “mãe, ela colocou a agulha em mim”. Uma paciente que estava no local e viu a cena alertou a mulher sobre a gravidade do ocorrido, e a mãe foi atrás da enfermeira para pedir auxílio e cobrar uma atitude.
A equipe realizou testes rápidos na criança, para identificar se ela poderia ter sido infectada com alguma doença como HIV, sífilis ou hepatite. Após os exames, a menina ainda tomou uma injeção de benzetacil e, no momento da aplicação, um novo problema.
A mesma enfermeira que furou a criança com a seringa usada, utilizou uma agulha de tamanho errado para aplicar a injeção. Ela teve que trocar o instrumento, após inseri-lo na paciente e o medicamento não sair.
Criança terá que tomar remédios por um mês após acidente com seringa
Os exames para identificação de possíveis infecções deram resultado negativo, para alívio da mãe. Também foram feitos exames na paciente na qual a seringa havia sido usada, mas os resultados não foram divulgados.
No dia seguinte, a criança foi levada para uma outra unidade de saúde, onde recebeu o protocolo de medicação, que será utilizado ao longo de 28 dias, para garantir que não haja risco de infecção pelo vírus HIV, por exemplo.
A atitude da enfermeira que causou o acidente, porém, gerou revolta na mãe. “Ela enfiou a agulha no ombro da minha filha e só pediu desculpa. Ela viu o que tinha feito”, relata a mulher.
“Ao invés de pedir desculpas, ela poderia ter me chamado e dito ‘vem aqui, acho que machuquei a sua filha’”, relata. A mãe ainda afirma que acredita que a enfermeira não estava seguindo os procedimentos corretos para manuseio da seringa no momento do acidente.
A reportagem do portal ND Mais procurou a assessoria de imprensa da prefeitura de Barra Velha e pediu um posicionamento sobre o caso. Veja a nota encaminhada:
“Houve um acidente envolvendo uma menor de idade e um material perfurante no pronto atendimento, na quarta-feira (17). A paciente foi atendida e submetida ao protocolo determinado pelo Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, sendo prestado todo o atendimento necessário a menor e a família”.
Para garantir a proteção da identidade da criança, a reportagem optou por não identificar a mãe.
Com informações ND Mais