Informação das dez pessoas desaparecidas foi divulgada na noite desta segunda
As chuvas intensas que causaram enchentes e deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas provocaram 48 mortes no Rio Grande do Sul. Duas semanas após os temporais, ainda há dez pessoas desaparecidas, segundo o mais recente balanço da Defesa Civil, divulgado na noite desta segunda-feira, dia 18.
O governo gaúcho vinha divulgando três edições diárias (7h, 12h e 18h) do boletim da Defesa Civil, que conta também com informações da Polícia Civil, da Secretaria de Assistência Social e das prefeituras. Mas a partir desta terça-feira, dia 19, a edição das 7h deixa de circular porque no momento há poucas variações de dados, sem a necessidade de três atualizações por dia.
Óbitos: 48
▪ Bom Retiro do Sul: 1
▪ Colinas: 2
▪ Cruzeiro do Sul: 5
▪ Encantado: 1
▪ Estrela: 2
▪ Ibiraiaras: 2
▪ Imigrante: 1
▪ Lajeado: 3
▪ Mato Castelhano: 1
▪ Muçum: 16
▪ Passo Fundo: 1
▪ Roca Sales: 12
▪ Santa Tereza: 1
Desaparecidos: dez pessoas (de acordo com a Policia Civil)
▪ Arroio do Meio: 1
▪ Encantado: 1
▪ Lajeado: 2
▪ Muçum: 4
▪ Roca Sales: 1
▪ Santa Tereza: 1
Pessoas resgatadas: 3.130
Municípios afetados: 105
Desabrigados registrados: 4.904
Desabrigados no momento: 753
Desalojados: 20.988
Afetados: 359.893
Feridos: 943
‘Mandam procurar pelos urubus’
Sueli Ferrari é tia de Alciano Bianchi, 38 anos, um dos desaparecidos. Ela ainda tem esperança de encontrá-lo vivo, mas a família enfrenta momentos difíceis, como quando teve de ouvir para observar os urubus no céu, o que poderia indicar a presença de corpos.
“É triste. Mandam a gente procurar pelos urubus. A informação que nos passaram é que temos que observar este detalhe. O urubu sobrevoa o cheiro, mas não pousa onde tem ser humano”, diz Sueli em reportagem publicada pelo g1. Alciano Bianchi está desaparecido desde o dia 4 de setembro.
Segundo ela, a orientação não foi oficial, mas dada por pessoas da cidade ou que ajudam nas buscas. O Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS), responsável pela operação de buscas na região, afirma que as equipes “estão empenhadas em localizar todos os desaparecidos, sem distinção” e que a orientação para procurar por urubus no céu “não é uma conduta do CBMRS”.
Com informações Oeste Mais