Na semana que comemoramos o dia do trabalhador, as notícias não são boas. O IBGE aponta o maior número de desempregados desde que se começou a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio Contínua (PNAD), em 2002.
São 14,2 milhões de pessoas sem emprego. A taxa de desocupação cresceu 13,7% no trimestre encerrado em março, na comparação com o último em 2016.
É um flagelo social, a face mais cruel da crise econômica que o Brasil atravessa nos últimos dois anos.
Sem trabalho, sem emprego, como sustentar uma família? Como ajudar em casa?
O pior é a perspectiva. O coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, diz: “Não há nada absolutamente nada que mostre qualquer indício de recuperação”.
Retomada discreta
Temos acompanhado alguns sinais de retomada econômica no país. A queda na taxa de juros, inflação baixa, aprovação das mudanças trabalhistas e a proposta de Reforma Previdenciária sinalizam novas perspectivas, positivas.
Mas os impactos na geração de empregos ainda são uma incógnita, tal é o tamanho do buraco que nos colocaram. E serão, caso aconteçam, lentos.
Se a crise chega rápida, a retomada não tem a mesma agilidade.
Prioridade
Esta deve ser a prioridade de nossos governantes e políticos.
Trazer de volta a dignidade para milhões de cidadãos brasileiros. Homens, mulheres, jovens, idosos precisam de oportunidades, de espaço para voltar a produzir riquezas e garantir o sustento de suas famílias.
A inclusão destas pessoas no mercado de trabalho gera um efeito direto na economia. Mais gente recebendo salário é mais dinheiro que gira.
É preciso criar políticas públicas concretas para garantir essa retomada no emprego e assim voltar a dar condições do país voltar ao trilho do desenvolvimento.