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Demissão motiva homem a incendiar bens públicos e causar terror em cidade de SC

Parece filme de suspense, mas é real a história do homem de 38 anos, morador do pequeno município de Mirim Doce, no interior do Alto Vale do Itajaí. Motivado por vingança, a maioria por ex-empregadores, ele ateou fogo em prédio público, residências, caminhão e ônibus públicos e uma madeireira. Esta última resultou ao proprietário um prejuízo de R$ 2 milhões. O homem foi preso na última quarta-feira (17) quando estava na residência dele, após um mandado de prisão cumprido pela Polícia Civil de Taió.

Foram nove boletins de ocorrências registrados contra o suposto incendiário por crimes que tiveram início em dezembro do ano passado. Ele também tem passagens por crimes de furto.

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Homem era funcionário público, foi demitido e quis se vingar

O resumo que prevê um possível desfecho para esta história, que causou medo e pânico aos 2.800 moradores deste município, não explica a motivação por trás de tanto fogo. De acordo com o delegado de Taió, Diones de Freitas, que está conduzindo as investigações, a maioria dos crimes foram cometidos por vingança.

O homem era funcionário público por três anos, mas, por não ter compromisso com o trabalho, conforme já apurado nas investigações, ele foi demitido. A partir daí, foi tomado por sentimento de vingança. “Ameaçou vários funcionários da Administração Municipal e chegou a dizer que ia atear fogo nos prédios públicos”, confirma o delegado.

Ele não estava brincando. No mês passado teria executado, de acordo com o delegado, a primeira parte da promessa: ateou fogo na Secretaria de Cultura, destruindo toda a estrutura. Na semana passada, o mesmo homem esteve na garagem da Secretaria de Obras, com o plano de destruir parte da frota. Ainda de acordo com o delegado, Diones de Freitas, ele foi impedido por guardas, danificou algumas janelas e conseguiu fugir.

No último domingo, entretanto, voltou ao mesmo local e incendiou um ônibus e um caminhão da prefeitura. Foi preso em flagrante, mas solto no outro dia por falta de provas. “Tínhamos inúmeras testemunhas, porém nenhuma com coragem de confirmar os fatos. Ele já é conhecido e muito temido no município, que é pequeno. A fama dele se espalhou, junto com a ligação com os incêndios. As pessoas não têm coragem de dar depoimento com medo de terem as casas incendiadas por ele”, conta o delegado.

Apesar de terem certeza do envolvimento desta pessoa com os incêndios, a Polícia Civil não tinha nenhuma evidência concreta. “Ele é morador da cidade há algum tempo, sabia onde as câmeras estavam instaladas e se desviava delas”, acrescenta. Algumas residências também foram incendiadas, sem relação dele com as vítimas. “Ele sempre estava presente no momento do combate às chamas, inclusive oferendo apoio”, lembra o delegado.

Madeireira também foi destruída com prejuízo de R$ 2 milhões

Intrigados com o caso, as autoridades envolvidas no caso reuniram todos os boletins de ocorrência e chegaram a um caso com indícios da autoria dele em outro crime semelhante. Um incêndio criminoso em uma madeireira, este ocorreu na última sexta-feira, dia 11. O mesmo homem foi funcionário desta empresa. Indignado com um possível atraso salarial, ele teria ateado fogo na estrutura para se vingar. Parte do galpão foi danificada, junto com maquinário e madeiras. O prejuízo foi de R$ 2 milhões.

“Diante de toda essa conjuntura, representamos ao Poder Judiciário e foi decretada a prisão dele”. O homem recebeu voz de prisão na residência e foi conduzido a delegacia de Taió. “Ele negou a prática de todos os crimes, não apresentou justificativa plausível e foi conduzido ao presídio regional, onde permanecerá aguardando a fase processual”, explica o delegado.

O inquérito policial agora tem 10 dias para ser concluído e remetido ao Poder Judiciário. “Temos diligências, laudos e oitivas para concluir e ele deve ser indiciado por alguns desses delitos”, conclui a autoridade.

Com informações ND Mais 

 

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