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Cientistas descobrem maior planeta fora do sistema solar

Astrônomos descobriram o maior planeta fora do sistema solar que orbita em torno de duas estrelas. De acordo com pesquisadores, o exoplaneta gasoso do tamanho de Júpiter seria potencialmente habitável.

O planeta circumbinário – que orbita entre duas estrelas – foi batizado de Kepler-1647 b e leva 1.107 dias, ou seja, quase três anos, para completar a volta em torno dos seus sóis. Esse é o 11º astro desse tipo descoberto desde 2005, sendo o maior deles.

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Planetas circumbinários são chamados também de Tatooines, em referência ao astro ficcional semelhante da saga “Guerra nas Estrelas”, onde o personagem Luke Skywalker cresceu.

“Encontrar planetas circumbinários é muito mais difícil do que localizar astros que orbitam em torno de apenas uma estrela. Os trânsitos não são regularmente espaçados no tempo e podem variar na duração e, até mesmo, no comprimento”, disse William Welsh, da Universidade de San Diego e coautor da descoberta.

Potencialmente habitável

Com 4,4 bilhões de anos, estima-se que o Kepler-1647 b tenha surgido no mesmo período da Terra. Localizado na constelação do Cisne, ele fica a cerca de 3,7 mil anos-luz de distância – um ano-luz equivale a 9,5 bilhões de quilômetros.

Suas duas estrelas são semelhantes ao Sol do sistema solar, sendo uma um pouco maior do que a outra. O Kepler-1647 b orbita ainda na zona habitável de seus sóis, ou seja, a uma distância de uma estrela na qual os planetas podem ter temperaturas que permitam a presença de água no estado líquido e, portanto, vida. Por ser um astro gasoso e especialmente grande, os astrônomos, porém, praticamente descartam essa possibilidade.

O exoplaneta foi descoberto pelo telescópio espacial Kepler e detectado por uma equipe da Nasa e da Universidade de San Diego. A descoberta foi anunciada em uma pesquisa publicada na revista científica The Astrophysical Journal nesta segunda-feira (13/06).

O telescópio Kepler foi lançado em 2009 e recolheu até 2013 dados de 150 mil estrelas em busca de sinais de planetas potencialmente habitáveis. O aparelho detecta variações de luz que indicam a passagem de planetas por estrelas, durante sua órbita.

O Kepler-1647 b foi detectado pela primeira vez em 2011, mas os cientistas precisaram de vários anos para coletar e analisar dados adicionais antes de confirmar a descoberta.

 

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