Carlos Corrêa de Souza, acusado de assassinar o então técnico do Kindermann, Josué Henrique Kaercher, foi a júri popular nesta sexta-feira, 23, em Caçador. Em mais de oito horas de julgamento, os jurados entenderam que o acusado era culpado e ele foi condenado a 63 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.
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“A perca do nosso filho, como o próprio juiz disse, não volta mais. Mas a sentença proferida ao indivíduo nos alivia em algum momento e eu gostaria de fazer um registro: a cidade de Caçador está de parabéns. O tribunal do júri, a partir desse momento, faz parte de uma referência nacional para esse tipo de crime não passar impune em cidade nenhuma do Estado e nem da Federação. Fica o registro de um pai que perdeu um filho, uma mãe e um irmão de um amigo irmão da comunidade caçadorense”, disse o pai de Josué, Samuel Kaercher.
Para o juiz, Rodrigo Dadalt a sentença aconteceu de forma esperada. “A condenação veio após a votação pelos jurados, em todos os quesitos que foram apresentados a eles e também depois da leitura da sentença, que foi dada uma condenação, que acredito, dentro das expectativas da família”, enalteceu.
Segundo o promotor João Paulo de Andrade,mais uma resposta foi dada à sociedade. “É uma satisfação que o trabalho que vem sendo realizado aqui na Comarca de Caçador está sendo bem acolhido, não só pelo Poder Judiciário, como também pelos jurados, que na verdade são representantes da comunidade”, completou.
Os crimes aconteceram no dia 11 de dezembro de 2015. O júri contou com a presença de familiares e ex-atletas do Kindermann, que se emocionaram em diversos momentos durante o júri. Além do assassinato de Josué, Carlos foi condenado pelos crimes de cárcere privado de cinco pessoas; tentativa de homicídio duplamente qualificado e constrangimento ilegal.