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Anvisa vai liberar lote de achocolatado que havia sido suspenso no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou nesta sexta-feira (2) a suspensão da interdição cautelar que determinava o recolhimento e comercialização do lote M4 21:18 do achocolatado Itambezinho, da marca Itambé. O anúncio foi feito após laudo divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), nesta quinta-feira (1º), identificar veneno em bebida ingerida por menino de 2 anos, que morreu na semana passada, em Cuiabá. A contaminação do produto foi descartada.

“A Anvisa reitera que a empresa Itambé não foi responsável pelo ocorrido e que a hipótese de contaminação decorrente do processo de fabricação do produto está descartada”, diz trecho da nota.

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Segundo a Anvisa, a revogação da resolução será publicada na próxima segunda-feira (5).

A comercialização do lote estava suspensa desde o dia 29 de agosto, depois da publicação da portaria no Diário Oficial da União.

Após a comprovação do envenenamento da bebida consumida pela criança, a Itambé publicou nota lamentando o ocorrido, afirmando que se solidariza com a dor da família e que reforça o compromisso com os consumidores ao entregar produtos com qualidade.

A suspensão da interdição é necessária devido à comprovação de que cinco unidades do achocolatado haviam sido adulteradas, de acordo com a Anvisa. A partir da publicação da revogação, o lote do produto poderá ser comercializado normalmente.

“A Anvisa reitera que a empresa Itambé não foi responsável pelo ocorrido e que a hipótese de contaminação decorrente do processo de fabricação do produto está descartada”, diz trecho da nota.

Morte de criança
Rhayron Christian da Silva Santos morreu no dia 25 de agosto, uma hora após ingerir o achocolatado. A mãe, Dani Cristina dos Santos, de 26 anos, informou que ela deu a bebida ao garoto. Ela disse, ainda, que também tomou um pouco e passou mal, mas não chegou a ser internada. Um amigo da família que bebeu o achocolatado passou mal e foi hospitalizado.

A Polícia Civil informou que a bebida foi envenenada por Adônis José Negri, de 61 anos, como vingaça contra Deuel de Rezende Soares, de 27 anos, que teria furtado a casa dele. Os dois foram presos na quinta-feira (1º).

Segundo a polícia, tanto os suspeitos quanto a família moram no Bairro Parque Cuiabá e, após furtar o achocolatado, Deuel vendeu cinco caixinhas do produto para o pai da criança por R$ 10. O inquérito está na Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da capital, sob a responsabilidade do delegado Eduardo Botelho, e deve ser concluído em até 15 dias.

Conforme o delegado, Adônis deverá responder por homicídio qualificado e tentativa de assassinato e Deuel, por furto qualificado. Os dois foram levados para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio do Carumbé. Deuel já tem condenação na Justiça por furto.

wpp

 

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