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A manifestação e a resposta da Prefeitura aos servidores – Por Rafael Seidel

Manifestação

A manifestação dos servidores públicos municipais, que exigem reposição salarial, deixou algumas lições que pouco ou nada foram observadas pela Prefeitura de Caçador.

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A primeira e, talvez mais importante: é preciso saber tratar os servidores da maneira correta, o que não aconteceu neste caso porque simplesmente se “esqueceu” que era ano eleitoral e que existem restrições quando se fala de aumento, repasse ou reposição salarial.

A outra lição é de que Beto Comazzetto se tornou o alvo da manifestação. Não foi o seu secretariado, de onde provavelmente partiu a falha grotesca. É Beto o administrador público e a perda é para ele, por exatamente se tratar de ano eleitoral. E essa perda pode custar caro quando se analisa o impacto de mais de 1 mil pessoas diretamente prejudicadas indignadas com ele, somadas com seus familiares e amigos.

Foi o nome de Beto que os servidores gritaram quando estavam na Prefeitura, pedindo uma solução por parte dele. Quem desceu falar com eles, no entanto, foram dois dos seus secretários. Talvez, o prefeito tenha pensado no desgaste que teria indo conversar com os servidores. Talvez, Beto tenha errado porque o desgaste já estava decretado.

manifestação salário

Além disso, “aliados” da atual administração estavam entre os manifestantes, bem como vários servidores que atuam dentro do “prédio” da Prefeitura. Se nunca se viu uma manifestação tão grande dos servidores públicos municipais, de igual forma, nunca se imaginou que pessoas que poderiam  estar ao lado da administração se mostrariam contrárias neste momento. Essa é mais uma lição que Beto Comazzetto deveria tirar para, quem sabe, repensar as suas ações.

Manifestação 1

Mas, ao que parece, nada foi tirado de lição da manifestação. A alternativa de se fazer uma consulta junto ao Tribunal Regional Eleitoral foi o tiro no pé e na água. Conversei hoje com uma pessoa que já precisou fazer consultas ao TRE e, ao contrário do que a Prefeitura pensa, não é de uma hora para a outra que vem a resposta. Demora um mês, vários meses e, em alguns casos, até um ano.

Se essa era a estratégia para ganhar tempo e ter uma resposta para os servidores, não deu…

Aliás, a resposta de que o prefeito precisa da resposta do TRE para então dar ou não a reposição salarial soou da seguinte maneira para os servidores públicos: a carreira política de Beto Comazzetto é mais importante que os servidores públicos, suas famílias e a comida que precisam levar para casa.

Manifestação 3

Repito o que escrevi ontem aqui: se Beto der a reposição salarial, pode ser que o TRE defina uma multa talvez ou, na pior das hipóteses, ele não possa ser candidato. Agora, se ele não der a reposição, nem adianta mesmo ser candidato.

Manifestação 4

Agora, teve secretário tentando proibir os seus subordinados de irem na manifestação. Ameaçaram, inclusive, de sanções administrativas. Não adiantou. Em um dos casos, o servidor chegou a afirmar: “Se ele tivesse pedido para virmos, daí não viríamos. O que ele (o secretário) diz, ninguém acata. Não sabe nem o que está fazendo no cargo”.

Manifestação 5

Agora, o fato extremamente negativo e que deve ter partido de um daqueles iluminados que só têm afundado o prefeito, foi a Polícia Militar ter sido acionado sob o pretexto de que “estavam invadindo a Prefeitura”.

Não contesto aqui o trabalho que a PM fez e a maneira como agiu até porquê foi acionada para agir em uma situação e estava lá para tal. Agora, a atitude do iluminado que acionou os policiais foi ridícula.

Manifestação 6

Por causa desta coluna especial sobre as manifestações, deixei para amanhã aquela que vai tratar sobre as lambanças dos iluminados e que estão causando sérios problemas para o prefeito Beto.

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