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17 sobreviventes do terremoto da Turquia chegam ao Brasil neste domingo: ‘medo tomou conta’

A semana foi marcada pelo terremoto registrado em duas cidades turcas e sírias nesta segunda-feira (6). Conforme o último balanço desta sexta-feira (10), já foram registrados 22 mil mortos pelo terremoto.

A ajuda humanitária chega aos países de diversas partes do globo, entre elas, do Brasil. Por isso, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) traz ao país 17 sobreviventes do abalo sísmico. Entre os passageiros estavam nove brasileiros, dois turcos, três sírios, um egípcio e dois colombianos.

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De acordo com a Agência Brasil,  o voo terá de 14 horas de duração e o pouso está previsto para acontecer no início da madrugada deste domingo (12), no Rio de Janeiro.

O professor brasileiro Guilherme Brito, de 22 anos, está entre os passageiros. Ele estava fazendo um intercâmbio na cidade de Adana quando o primeiro tremor aconteceu.

“Tinha acabado de chegar. Estava bem cansado, mas muito feliz. Jantei, fui dormir, e, por volta de 4h da manhã, senti tudo tremer”, disse.  Pouco tempo depois, segundo ele, um segundo tremor, ainda mais forte, aconteceu. Já fora do dormitório, ele chegou a ver pelo menos três prédios caídos, mas muitos outros com rachaduras graves.

Fazia bastante frio na cidade no momento em que o terremoto aconteceu e muitas pessoas, segundo Guilherme, perderam a vida em meio aos escombros não somente por conta dos ferimentos, mas também por causa das baixas temperaturas. Ele disse que os termômetros marcavam em torno de 3°C, mas a sensação térmica era de -1°C.

“Começamos a andar pelas ruas com um amigo turco, e ele nos alertou para que não andássemos por ali porque havia risco de demolir, de cair. Acabei decidindo não ficar [na Turquia] justamente por isso. Minha ideia era ajudar, mas percebi que aquela zona ainda era de risco, embora não fosse uma área tão afetada. O medo começou a tomar conta”.

Missão humanitária

De acordo com o coordenador geral da missão brasileira na Turquia, Rafael Machado, o acampamento que vai abrigar militares pelas próximas duas semanas no país fica próximo ao aeroporto da capital, em Ancara. Foram montados postos de comando com médicos e demais barracas. A equipe já efetuou buscas para resgate de corpos e de possíveis sobreviventes.

“Agora, com tudo instalado, nossas condições operacionais melhoram, temos mais perspectivas de responder rapidamente. Nossos cães também estão em campo, foram com as equipes, requisitados junto com equipamentos especiais que as equipes brasileiras possuem. É um novo cenário pra gente”, finaliza o coordenador.

Com informações ND Mais

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