Ceciliense é classificada para fase estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa

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A ceciliense Maria Helena Luvisa foi uma das classificadas para a fase estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa. Maria Helena é aluna do ensino médio da escola Maria Salete Cazzamalli.

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A jovem participou da olimpíada na categoria crônicas. O texto apresentado foi “Os quatro cantos da capital da madeira”. Confira o texto:

“OS QUATRO CANTOS DA CAPITAL DA MADEIRA

Quando fala-se em “o lugar onde vivo” meu pensamento ronda as ruas de minha pequena cidade e percebo o quão perfeita e harmoniosa é a junção de cores: o sol, ( que quando dá as caras faz a felicidade de quem tem a roupa para secar) num amarelo intenso, o azul pálido do céu , o verde deslumbrante da mata e o vermelho árduo de algumas flores , quatro cores que embelezam nosso estandarte maior, nossa bandeira.

Ao dirigir o olhar ao alto, posso alcançar as nuvens, algodões tão leves que flutuam dançando como belas bailarinas que tem seus destinos decididos pelo vento. Ao olhar onde piso, na grama, posso ver o lar das formigas, verdadeiras engenheiras e arquitetas que andam em extensas filas carregando folhas muito mais pesadas que elas mesmas.

Num movimento circular, giro para a direita sendo orientada pelo zumbido das abelhas, que sobrevoam quilômetros entre plantações de pinus, eucalipto e mata nativa, em busca do pólen pra transformá-lo no mais doce mel. Nesse voo coletivo me vejo de frente com o Leste, sou abraçada pelo astro rei, que emoldura um colégio, onde o futuro é semeado e regado com amor e educação. Lá, crianças, adolescentes e professores trocam e somam conhecimento, subindo diariamente os degraus da vida… Pensando bem, alunos são semelhantes às abelhas que procuram o pólen do conhecimento, voando de flor em flor em busca do sucesso, o mel da vida!

Bem ao fundo pode-se ver uma das firmas, local de trabalho de boa parte dos cecilienses, que sustentam honestamente suas famílias numerosas, não muito diferente das pequenas formigas.

Um passo para o lado e o Sul me mostra coisas muito distintas, enquanto de um lado está a firma, máquina destruidora do mundo, aqui se encontram as árvores, “pulmões do mundo”. Serpenteando dentre casas e árvores, meu pensamento me leva para um extenso espelho de prata refletindo as águas do rio Correntes, que com suas memórias jagunças, esconde lendas e tesouros.

Num empuxo, o vento sul arrepia minha pele, mas com o olhar aquecido pela curiosidade avisto o comércio da cidade, em seu agito controlado. Contemplo chaminés de casas que formam a boa vizinhança, não é difícil imaginar o fogão à lenha ardendo em chamas, com pinhão na chapa a nas mãos de seus moradores, uma cuia de chimarrão convidando pra uma boa mateada, formando-se assim um elo.

No centro dessa rosa dos ventos estou eu e o que me acontecerá cabe ao vento. Sou a abelha carregando seu pólen, que logo se tornará formiga aqui no reduto do Contestado, lugar onde vivo, no qual hei de escrever minha história com a mesma força dos jagunços que lutaram contra a injustiça… Minha fala é interrompida por meu subconsciente! Pois meu olhar geográfico faz com que meus olhos contemplem o Norte.

Lá está ele, o Morro da Torre, o mais alto morro que pode ser visto daqui. Vislumbrando- o surge à mente a imagem de meu avô, que me contou uma vez que, segundo os mais antigos, quem pusesse os pés lá em cima poderia ver o mar. Achei um absurdo o que me disse, em uma cidade tão distante do litoral, poder ver o oceano. Posso não afirmar essa teoria, mas não digo que eles estavam totalmente errados. Lá de cima dá sim, para ver o mar. Um profundo mar de vida que está nos campos e flores, no céu e no rio, nas matas e nos animais de nossa santa e bela Cecília, que é mar de ternura para o povo ceciliense, mar de abundância para quem tira proveito de suas terras, mar de esperança para quem almeja ultrapassar seus 90 anos vivendo com muita saúde.

Neste mar me encontro navegando conforme o vento quer e com minhas velas içadas desejo chegar à beira mar onde meu avô estará aguardando minha chegada, assim como todos aqueles que já atracaram no imenso mar da vida.

Aluna: Maria Helena Ribeiro Luvisa

Professora: Rosemeri Teresinha Silveira Goetten

Série: 1ª2″.

 

 Informações: Lucimara Nascimentowhats-novo-site

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